Carta de boicote acadêmico a Israel

Convidamos a todxs lxs pesquisadorxs e docentes universitárixs latinoamericanxs a aderir a esta carta de boicote acadêmico a Israel através do formulário de adesão (abaixo).

Se, todavia, está iniciado sua formação acadêmica como estudante de graduação/licenciatura, te convidamos a organizar e participar em uma das muitas campanhas específicas para estudantes de boicote a Israel.

As assinaturas à carta se farão públicamos quando alcançar um nível importante de adesões (ao menos 200).

Dado que a campanha BDS prioriza a interseccionalidade das distintas lutas por justiça social, pedimos que não assine esta carta qualquer pessoa responsável de feitos de violência de gênero.

AS UNIVERSIDADES E O APARTHEID ISRAELENSE: ACABEMOS COM A CUMPLICIDADE

Como acadêmicos e acadêmicas, membros da comunidade universitária, nos somamos a chamada feita desde a grande maioria da sociedade palestina, em particular dos principais sindicatos e da Federação Palestina de Sindicatos de Professores e Empregados Universiários (PFUUPE), que pede a sociedade civil internacional adotar a campanhar por Boicote, Desinvenstimento e Sanções (BDS) contra a ocupação e o regimento de apartheid de Israel, como a forma mais pacífica e efetiva de obrigar Israel a cumprir o direito internacional vigente.

O movimento não-violento do BDS se iniciou no ano de 2005, diante as constantes violações dos direitos humanos do povo palestino por parte do Estado de Israel a reiterada falta de vontade dos Estados e atores internacionais para fazer com que ISrael cumpra com o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas.

O movimento BDS se apoia na exitosa experiência do movimento internacional de boicote ao apartheid da África do Sul e recebeu o apoio de figuras destacadas como o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, de organizações judias com o Jewish Voice for Peace (Voz Judia pela Paz) e de um número crescente de acadêmicos e acadêmicas israelenses. Este movimento demonstrou ser uma via de crescente eficácia para que a sociedade civil internacional pressione, mediante ações não-violentas, Israel com o objetivo de se fazer respeitar os direitos da população palestina, sancionados pela ONU.

O boicote a instituições acadêmicas israelense cúmplices nasceu em 2004 e logo se converteu em uma parte chave do movimento BDS. Foi uma resposta ao apoio institucional unânime das universidades israelenses as políticas de ocupação e apartheid contra a população palestina, que, entre outras coisas, se materializam em uma estreita cooperação com o exército israelense e em políticas descriminatórias contra os e as estudantes palestinas.

A campanha de boicote acadêmico está dirigida às instituições acadêmicas israelenses cúmplices das violações de direitos humanos palestinos e não contra qualquer acadêmico ou acadêmica individualmente. O movimento BDS em seu conjunto rechaça todas as formas de racismo e descriminição, incluindo o antissemitismo. Portanto, rechaça por príncipio o boicote a indivíduos com base em sua identidade (como cidadania, raça, gênero ou religião).

Ao aderirmos ao boicote a instituições acadêmicas israelenses cúmplices, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Comitê Palestino pelo Boicote Acadêmico e Cultural (PABCI por suas siglas em inglês), nos comprometemos a:

  1. Não participar de nenhum tipo de intercâmbio ou cooperação acadêmica com qualquer instituição israelense cúmplice, ao Estado de Israel, ou aqueles que os representam oficialmente.
  2. Não receber nenhum tipo de financiamento ou patrocínio por parte de qualquer instituição israelense cúmplice do Estado de Israel.

Assim, ao aderir ao boicote acadêmico, fazemos um duplo chamado: a nossas universidade, a suspender a cooperação com seus semelhantes israelenses cúmplices; e aos ministérios de educação em nossos países, a suspender a cooperação com universidades cúmplices e ao Estado de Israel, até que Israel respeite os direitos políticos e humanos do povo palestino, sancionados pela ONU.

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